outubro 03, 2010

Estávamos deitados naquela tarde e como e muitas outras tu mostraste-me aquele sorriso sereno, pouco saliente nos teus traços mas o suficiente para fazer um ligeira curva em cada canto da tua boca, e com aquele olhar feliz e brilhante que me chama pequena e me aquece o coração que me deixa orgulhosa que me faz chorar de tanta sorte que tenho, aquele olhar de um miúdo quando está no Natal. Paraste por instantes, seguras-te o meu queixo e disseste 'os teus olhos são tão brilhantes'. Era uma frase curta e de gramática bastante simples. era suficiente. Suficiente para eu sorrir e achar que era a rapariga mais bonita do mundo, o suficiente para achar que seriámos só tu e eu.





Hoje eu chorei. Lembrei-me desta recordação. E naquela altura eu era a personagem principal mas agora... agora sou só a espectadora porque são só recordações de algo que vivi e já não existe.
Porque o teu sorriso agora só mostra que é para me agradar e nada me transmite felicidade vinda de ti. E queria ver-te rir dos meus disparates com aquelas gargalhadas que fazes que me faz pensar que me achas fofinha apesar de todos os disparates. 

Ou será que os meus olhos já não te mostram o que sinto?

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